Um mês depois de F. nascer, minha diarista avisou que não poderia mais me atender pois tinha arranjado um emprego fixo.
Fiquei preocupada se conseguiria dar conta de cuidar do bebê e da limpeza da casa. Nos meses seguintes, passei experimentando algumas diaristas, até que fiquei com uma que trabalhou anos para uma amiga, de confiança. Mas todas as coisas tem seu lado bom e ruim. Pelo longo relacionamento, ela se sentia confortável de fazer as coisas como bem queria, não vinha num dia e chegava no outro sem avisar... além disso pedia um produto de limpeza para cada cômodo da casa e no final da faxina - mesmo com os pedidos de utilizar menos, diluir - a casa estava aquele cheiro forte dos produtos.
O bebê, pequeno, chorava quando queria dormir e mamar - seu único modo de comunicação - e ainda eu escutava que o bebê chorava demais.
Dispensei após 3 meses e desde então nunca mais tive ninguém estranho trabalhando dentro de casa.
Me organizei para encaixar a faxina dentro da semana de trabalho e aproveitar os finais de semana em família.
E hoje, passando um pano úmido no chão, pensei o quanto é importante estar em contato com a sujeira da casa. Deixar na mão de outra pessoa é como evacuar no banheiro e dar a descarga sem olhar para os próprios dejetos. Eles falam muito da sua saúde. Aqui, fala da saúde da família como um todo. A cada semana que limpo a casa, consigo ver o que é necessário, o que posso descartar, pensar em outras dinâmicas de se relacionar com o lar: mudar de lugar o gaveteiro em um lugar que fique mais prático, entre outros.