sexta-feira, 8 de março de 2013

terça-feira, 5 de março de 2013

O organismo casa

Um mês depois de F. nascer, minha diarista avisou que não poderia mais me atender pois tinha arranjado um emprego fixo.

Fiquei preocupada se conseguiria dar conta de cuidar do bebê e da limpeza da casa. Nos meses seguintes, passei experimentando algumas diaristas, até que fiquei com uma que trabalhou anos para uma amiga, de confiança. Mas todas as coisas tem seu lado bom e ruim. Pelo longo relacionamento, ela se sentia confortável de fazer as coisas como bem queria, não vinha num dia e chegava no outro sem avisar... além disso pedia um produto de limpeza para cada cômodo da casa e no final da faxina - mesmo com os pedidos de utilizar menos, diluir - a casa estava aquele cheiro forte dos produtos. 

O bebê, pequeno, chorava quando queria dormir e mamar - seu único modo de comunicação - e ainda eu escutava que o bebê chorava demais.

Dispensei após 3 meses e desde então nunca mais tive ninguém estranho trabalhando dentro de casa.
Me organizei para encaixar a faxina dentro da semana de trabalho e aproveitar os finais de semana em família.

E hoje, passando um pano úmido no chão, pensei o quanto é importante estar em contato com a sujeira da casa. Deixar na mão de outra pessoa é como evacuar no banheiro e dar a descarga sem olhar para os próprios dejetos. Eles falam muito da sua saúde. Aqui, fala da saúde da família como um todo. A cada semana que limpo a casa, consigo ver o que é necessário, o que posso descartar, pensar em outras dinâmicas de se relacionar com o lar: mudar de lugar o gaveteiro em um lugar que fique mais prático, entre outros.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Um período de tempo - um tempo infinito.



Considero dos 10 meses de idade até mais ou menos 1 ano e meio um tempo que parece ser eterno enquanto dure: o tempo do cansaço. É o tempo que a criança engatinha, se arrasta - passar pano no chão todos os dias - se levanta, se apóia - recolher as toalhas de mesa e qualquer objeto que se encontre na beira dos móveis - anda, caminha - cuidar dos degraus, beiras de mesas, de um dia para o outro resolve que não quer mais comer papinhas - e corremos para o fogão. Mamadas noturnas acordadas aos berros, somada à filha mais velha que está no desfralde noturno te chamando para levá-la ao banheiro... Momento em que parece que não há luz no fim do túnel. E de repente, quando nos damos conta, tudo passou e não nos lembramos mais como era; desajeitadamente pegamos no colo o filho recém nascido da amiga por não lembrar do pescoço mole, não sabemos mais o que fazer com refluxos, como foi que ele se sentou pela primeira vez...